Silvio Berlusconi, que até já tinha prometido que o rapaz era capaz de fazer 30 golos em meia época, exultava no final do Milan-Napoli que assinalou a estreia, com um golo e uma assistência, do adolescente Pato com a camisola vermelha e negra. Os 5-2 finais, a primeira vitória da época em San Siro a contar para a Série A, eram sintomas agradáveis, mas nada lhe dava mais prazer do que a inevitabilidade anunciada de um Milan com dois avançados. Porque ao show-Pato se juntaram Kaká e Ronaldo, na primeira apresentação de um trio que levou os jornais italianos a evocar o mítico “Grenoli” dos anos 50.
Gunnar Gren, Gunnar Nordahl e Niels Liedholm foram os três atacantes suecos cuja associação levou a imprensa italiana a inventar a expressão “Grenoli”. No domingo, Pato fez um golo, festejado com as mãos em forma de coração, com dedicatória à namorada, a actriz Stephany Brito, que fazia de Kelly em “Páginas da Vida”, novela que passou em Portugal na SIC. Mas Kaká também marcou e Ronaldo bisou, pelo que nos jornais de ontem apareceram os títulos: “Kaparo”. E Berlusconi vibrava. “Realizou-se o sonho de muitos adeptos milanistas, que era ver em campo o trio das maravilhas”, disse o dono do clube após o jogo. Na mente de todos ressurgiu a velha polémica, com o patrão a pedir que o Milan jogasse sempre com dois avançados e Ancelotti a ganhar troféus com Inzaghi (ou Gilardino) sozinho na frente. O que pensa disso o treinador? “Perdemos um pouco o hábito de jogar com três atacantes”, explicava Ancelotti, que continua a considerar Kaká no lote para se recusar a dizer que alinhava apenas com um avançado. “Agora, devemos reencontrar um pouco de equilíbrio. Em Janeiro jogaremos a cada três dias e é importante ter toda a gente à disposição, para poder rodar os homens”, prosseguiu Ancelotti, arrumando desde logo o “Kaparo” para ocasiões especiais.
Gunnar Gren, Gunnar Nordahl e Niels Liedholm foram os três atacantes suecos cuja associação levou a imprensa italiana a inventar a expressão “Grenoli”. No domingo, Pato fez um golo, festejado com as mãos em forma de coração, com dedicatória à namorada, a actriz Stephany Brito, que fazia de Kelly em “Páginas da Vida”, novela que passou em Portugal na SIC. Mas Kaká também marcou e Ronaldo bisou, pelo que nos jornais de ontem apareceram os títulos: “Kaparo”. E Berlusconi vibrava. “Realizou-se o sonho de muitos adeptos milanistas, que era ver em campo o trio das maravilhas”, disse o dono do clube após o jogo. Na mente de todos ressurgiu a velha polémica, com o patrão a pedir que o Milan jogasse sempre com dois avançados e Ancelotti a ganhar troféus com Inzaghi (ou Gilardino) sozinho na frente. O que pensa disso o treinador? “Perdemos um pouco o hábito de jogar com três atacantes”, explicava Ancelotti, que continua a considerar Kaká no lote para se recusar a dizer que alinhava apenas com um avançado. “Agora, devemos reencontrar um pouco de equilíbrio. Em Janeiro jogaremos a cada três dias e é importante ter toda a gente à disposição, para poder rodar os homens”, prosseguiu Ancelotti, arrumando desde logo o “Kaparo” para ocasiões especiais.
O problema agora é: quem sai? Ronaldinho, esse, já nem entra: foi também Ancelotti quem o assumiu. Kaká é o melhor do Mundo, Ronaldo voltou em grande e, de acordo com Pato, “ele, sim, continua a ser o Fenómeno”. Volta Pato ao banco, remetendo para a gaveta o tal sonho dos milanistas, o “Milan Patómico”, como lhe chamava ontem a “Gazzetta dello Sport”? Não será fácil, a julgar pela catadupa de elogios que caiu sobre o estreante. “Visto que joga no Milan, que a estreia foi em San Siro, que é a Scala do futebol, dava-lhe nota 10 em 10”, avaliou Berlusconi. “Ele será eleito em breve o melhor jogador do Mundo”, vaticinou ao “Globo” de ontem António Careca, o ex-avançado brasileiro a quem Ancelotti comparou Pato e que, no Napoli, fez também parte de dois trios famosos: o “Magica”, com Maradona e Giordano, e o mais cómico “Macaca”, com Maradona e Carnevale. “O Pato tem velocidade, raciocínio rápido e um grande poder de finalização. Sabe tabelar e protege a bola como poucos”, diz ainda Careca, sem esquecer a influência que o estreante pode ter na reabilitação de Ronaldo: “O Ronaldo sabe que é um ídolo para o moleque e não vai querer decepcioná-lo. A chegada de Pato será um recomeço para ele”. Estamos todos a ver uma dor de cabeça?
Publicado em "O Jogo", 15-01-2008
Publicado em "O Jogo", 15-01-2008
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