O Sporting protestou o jogo de Leiria por duas razões: porque entende que Liedson foi mal expulso e porque acha que Paulo Costa se esqueceu de marcar um penalti no lance que acabou com o goleador a “escoicear” as costas de Rossato. À primeira vista, ambas as situações poderiam no máximo prefigurar erros de facto, insusceptíveis de dar ganho de causa aos leões. E se na primeira bem pode Soares Franco esforçar-se por explicar que Liedson estava a levantar-se “de costas para o adversário”, que todas as mentes imparciais vêem que o “Levezinho” lhe dá intencionalmente com os pitons nas costas, é o segundo que encerra o busílis da questão. Porque Paulo Costa mostrou um amarelo a Rossato e este, de facto, não fez nada depois de ser agredido por Liedson, mas embrulhou-se claramente com o adversário, que lhe tinha ganho a dianteira, antes de ambos caírem na relva. Neste caso, talvez haja matéria para análise – não pela gravidade da falta, mas porque aqui poderia entrar a monstruosa figura do “erro de direito”. A questão é que tudo vai ser decidido de acordo com o relatório do árbitro. Precisam de um desenho? Então é assim: se este disser “mostrei cartão amarelo a Rossato por ter derrubado Liedson quando ambos corriam na área mas esqueci-me de marcar a falta, vejam lá que nem sei o que me deu!”, o protesto é válido; se disser “mostrei cartão amarelo a Rosato porque ele entrou em campo sem pedir autorização”, o protesto vai para o cesto dos papéis. Valerá a pena continuar a discussão?
Publicado em Correio da Manhã, 6/3/2007
terça-feira, 6 de março de 2007
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