sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Benfica reabre Liga

O Benfica foi o grande vencedor da 16ª jornada da Liga, pois subiu ao segundo lugar e reduziu a cinco pontos a distância para o líder. Com o FC Porto e o Sporting a terem que visitar a Luz na segunda volta, tudo é possível neste campeonato. Mas para o Benfica lá chegar precisa de manter a capacidade de ser prático e de ganhar jogos sem ser superior ao adversário – foram assim as três últimas vitórias para a Liga, duas com o Belenenses e uma com a Académica – e reforçar-se em todos os sectores, para se precaver contra uma onda de lesões que ponha a nu a falta de opções do plantel ao dispor de Fernando Santos. Vem aí Derlei? Não chega.
O FC Porto perdeu dois dos três jogos feitos em 2007. Crise? Só se o balneário do Dragão acreditar nela. E o problema é que, se calhar, acredita. Em Leiria, os campeões nacionais foram melhores até ao momento em que preferiram vitimizar-se e encontraram no árbitro o alibi perfeito para uma derrota que ainda não estava consumada. Depois de ter feito um trabalho notável no plano de jogo, é altura de Jesualdo Ferreira provar onde sempre teve mais dificuldades: na motivação de balneário.
Foi só impressão ou a Domingos Paciência só faltou pedir desculpa por ter ganho ao FC Porto? Pode ser-se adepto de um clube, estar-lhe grato por tudo e ganhar-lhe, desde que seja com a mistura de seriedade e talento que a U. Leiria de Domingos mostra todas as semanas e que já quase lhe valera eliminar o Benfica da Taça, em plena Luz.
Depois de não o ter percebido no Restelo, Paulo Bento só precisou de meio-jogo no Bessa para ver que, no momento de forma presente dos criativos, o 4x4x2 do Sporting não comporta um jogador apenas defensivo, a jogar de cadeirão no meio-campo, como é Custódio. Falta-lhe agora perceber como há-de explicar aos jogadores que jogar com 11 torna as coisas mais fáceis do que fazê-lo com dez. Mesmo que eles, talvez por acharem que é com menos um que se expressam melhor, insistam em fazer-se expulsar estupidamente a meia hora do final dos jogos.
O domingo à tarde, horário de futebol por excelência, limitou-se mais uma vez a apenas três jogos. E, de todos, saiu apenas um golo. É preciso dizer mais?

Publicado em Correio da Manhã, 30/1/2007

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