Há treinadores que, quando querem fortalecer a estrutura defensiva das suas equipas, colocam um defesa-central a fazer de lateral. Daúto Faquirá fez ao contrário: tirou Wesley do onze, puxou Amoreirinha da lateral para o meio, onde passou a formar a única dupla de centrais 100 por cento portuguesa da Liga com José Fonte, e o Estrela da Amadora nunca mais perdeu jogos de campeonato. Passaram entretanto três meses e oito jornadas de campeonato. Cumpridas com quatro vitórias e outros tantos empates – e apenas dois golos sofridos. Como resultado, o Estrela, que chegou a ser apontado como sério candidato à despromoção, já está mais perto das posições que dão acesso à Taça UEFA (está a cinco pontos da União de Leiria, que é quinta) do que da linha de água (oito pontos de avanço do Beira Mar, primeira equipa abaixo da delimitação fatal). A vitória no Dragão, conseguida com a matreirice táctica que as equipas pequenas frequentemente usam para chatear os grande, trouxe à proeza os focos da comunicação social e mostrou que há mais neste Estrela do que uma boa dupla de centrais. Há uma ideia de equipa. E, no futebol, poucas coisas resistem a uma boa ideia.
Publicado em Correio da Manhã, 6/2/2007
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
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